Babush, a alcunha indiana do Primeiro-Ministro português António Costa

No panorama político internacional, poucos líderes carregam uma herança tão diversificada quanto António Costa, rimeiro-ministro de Portugal até se demitir há poucas horas.
A sua ligação à Índia, através do estado de Goa, é mais do que uma herança familiar; reflete-se numa alcunha afetuosa - "Babush". Esta designação, comum em Konkani, um dos idiomas falados em Goa, traduz-se como "jovem ente querido" e é atribuída a Costa pela comunidade goesa que vê nele não só um político, mas um membro distante da sua comunidade expandida.
Nascido em Lisboa, filho de Orlando da Costa, um escritor de ascendência goesa e portuguesa, e de Maria Antónia Palla, jornalista, Costa incorpora em sua identidade a fusão de duas culturas vibrantes. A sua trajetória até se tornar Primeiro-Ministro em 2015 é marcada por uma série de papéis políticos significativos, incluindo o de Ministro da Justiça e o de Presidente da Câmara de Lisboa. A sua eleição como líder do Partido Socialista em 2014 foi um prelúdio ao seu atual papel no palco político português.
A alcunha "Babush" é mais do que um mero apelido; é um símbolo da influência multicultural que Costa traz para a política portuguesa. E, num momento em que a globalização coloca em destaque a importância da diversidade cultural, a herança de Costa serve como um lembrete do potencial que as misturas culturais têm para enriquecer o tecido social e político de uma nação.

Novembro um mês importante para a Costa
Antes de se tornar Primeiro-Ministro, ocupou vários cargos no governo, como Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Ministro dos Assuntos Parlamentares, Ministro da Justiça e Ministro da Administração Interna. António Luís Santos da Costa foi nomeado como 119º Primeiro-Ministro de Portugal o 26 de novembro de 2015.
Em 25 de novembro de 1997 foi nomeado Ministro da Justiça do XIII Governo Constitucional de Portugal.
Em 7 de novembro de 2023, anunciou a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, depois de o Ministério Público português ter aberto investigações contra ele e alguns membros do seu gabinete por alegada corrupção, prevaricação e tráfico de influências.
